A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países tropicais como o Brasil. O vírus da dengue possui quatro sorotipos distintos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Cada um desses sorotipos pode causar desde infecções assintomáticas até quadros graves da doença. No entanto, o sorotipo 3 tem se tornado motivo de preocupação em 2025 devido à sua baixa circulação nos últimos anos, o que pode deixar a população mais vulnerável à infecção e potencialmente causar quadros mais graves.

Desde 2008, o sorotipo 3 da dengue circulou no Brasil em baixíssima frequência, representando menos de 2% dos casos. No entanto, em 2024, foram confirmados 2.192 casos do tipo 3, e em 2025, já foram registrados 138 casos desse sorotipo. A baixa circulação desse sorotipo nos últimos anos significa que uma grande parcela da população não teve contato com ele e, portanto, pode estar mais vulnerável à infecção.

A infecção por um sorotipo específico da dengue gera imunidade apenas contra esse sorotipo. Se uma pessoa é infectada por um tipo diferente, essa imunidade pode facilitar a entrada do vírus no organismo, levando a uma resposta inflamatória exagerada e aumentando o risco de quadros graves. A reinfecção por um sorotipo diferente é um fator de risco para casos graves, e o sorotipo 3 é considerado um dos mais virulentos.

Para combater a disseminação do sorotipo 3 da dengue, é essencial intensificar as medidas de prevenção. Isso inclui a eliminação de focos de água parada, o uso de repelentes e a instalação de telas de proteção. Além disso, o Ministério da Saúde está distribuindo testes rápidos para diagnóstico da dengue em todo o país para agilizar a identificação dos casos e permitir que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível.

A circulação do sorotipo 3 da dengue em 2025 é motivo de preocupação devido à baixa circulação nos últimos anos e ao potencial de causar quadros mais graves. É fundamental que a população adote medidas preventivas e que as autoridades de saúde continuem monitorando a situação de perto para evitar um aumento significativo nos casos de dengue.