Celebrado em 26 de junho, o Dia Nacional do Diabetes é uma data de alerta e mobilização sobre uma das doenças crônicas que mais crescem no Brasil e no mundo. Segundo a Federação Internacional de Diabetes, o país ocupa o 6º lugar no ranking global, com cerca de 16 milhões de adultos entre 20 e 79 anos vivendo com a condição.

A data foi instituída pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para reforçar a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado.


O que é o diabetes?

O diabetes é uma doença metabólica crônica caracterizada pelo aumento persistente da glicose (açúcar) no sangue. Isso ocorre quando o organismo não produz insulina suficiente ou não consegue utilizá-la adequadamente. A insulina é o hormônio responsável por transportar a glicose para dentro das células, onde será usada como fonte de energia.


Quais são os tipos de diabetes?

1. Diabetes tipo 1
Doença autoimune, geralmente diagnosticada na infância ou adolescência. O sistema imunológico ataca as células do pâncreas que produzem insulina. O tratamento exige aplicações diárias de insulina e monitoramento constante da glicemia.

2. Diabetes tipo 2
Mais comum (cerca de 90% dos casos), está associado a fatores como obesidade, sedentarismo e predisposição genética. O corpo ainda produz insulina, mas não a utiliza corretamente. Pode ser controlado com mudanças no estilo de vida, medicamentos orais e, em alguns casos, insulina.

3. Diabetes gestacional
Surge durante a gravidez devido a alterações hormonais. Costuma desaparecer após o parto, mas aumenta o risco de a mulher desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. O tratamento envolve alimentação equilibrada, atividade física e, se necessário, insulina.


Quais são as causas?

As causas variam conforme o tipo:

  • Tipo 1: predisposição genética e fatores autoimunes;
  • Tipo 2: excesso de peso, alimentação inadequada, sedentarismo, histórico familiar;
  • Gestacional: alterações hormonais da gravidez que afetam a ação da insulina.

Quais são os sintomas?

  • Sede excessiva e boca seca
  • Vontade frequente de urinar
  • Fadiga constante
  • Visão embaçada
  • Perda de peso inexplicada
  • Feridas que demoram a cicatrizar
  • Infecções recorrentes

Existe cura?

Não. O diabetes não tem cura, mas tem controle. Com tratamento adequado, é possível levar uma vida longa e saudável. O controle glicêmico reduz drasticamente o risco de complicações como infarto, AVC, insuficiência renal, cegueira e amputações.


Como é o tratamento?

O tratamento depende do tipo e da gravidade da doença, mas envolve:

  • Mudança no estilo de vida: alimentação saudável, prática de exercícios, controle do peso;
  • Medicamentos: comprimidos, insulina ou injetáveis modernos;
  • Monitoramento da glicemia: com glicosímetros ou sensores contínuos;
  • Acompanhamento médico regular.

Avanços recentes incluem insulinas de ação rápida, aplicações semanais e medicamentos que também protegem o coração e os rins.


O Dia Nacional do Diabetes é mais do que uma data no calendário: é um convite à educação em saúde, à mudança de hábitos e à empatia com quem convive com a doença. A informação é a principal aliada na prevenção e no controle do diabetes — e pode salvar vidas.