A dieta carnívora, que consiste exclusivamente no consumo de carne e produtos de origem animal, tem ganhado popularidade nas redes sociais e entre alguns grupos de entusiastas da saúde. No entanto, especialistas em nutrição alertam que essa abordagem alimentar pode trazer sérios riscos à saúde.
A dieta carnívora elimina completamente frutas, vegetais, grãos, leguminosas, nozes e sementes. Isso resulta em uma deficiência de nutrientes essenciais, como fibras, antioxidantes, vitaminas A, C, K e várias vitaminas do complexo B, além de minerais como potássio, magnésio e cálcio. A falta desses nutrientes pode levar a problemas de saúde como anemia, fraqueza do sistema imunológico, problemas digestivos e doenças cardiovasculares.
Estudos mostram que dietas ricas em carne e baixas em vegetais estão associadas a um aumento no risco de doenças cardiovasculares. A carne, especialmente a carne vermelha, é rica em gorduras saturadas, que podem elevar os níveis de colesterol LDL (colesterol ruim) e aumentar o risco de doenças cardíacas. Além disso, a ausência de fibras e antioxidantes presentes em vegetais pode contribuir para a formação de placas nas artérias e aumentar a pressão arterial.
A falta de fibras na dieta carnívora pode causar problemas digestivos, como constipação e outros distúrbios gastrointestinais. As fibras são cruciais para manter a saúde intestinal, promovendo movimentos regulares e prevenindo a constipação. Sem fibras, o risco de desenvolver condições como síndrome do intestino irritável (SII) e diverticulite aumenta significativamente.