Por Imprensa Brasília

O vídeo compartilhado por Carol Oliveira, em homenagem ao filho Gustavo, de apenas 9 meses, emocionou milhares de pessoas nas redes sociais. O bebê faleceu vítima de meningite, uma doença grave que pode evoluir rapidamente e deixar sequelas irreversíveis ou levar à morte em poucas horas. A dor dessa família reacende um alerta urgente: é preciso conhecer os sinais, buscar diagnóstico precoce e reforçar a prevenção.

O que é a meningite?

A meningite é uma inflamação das meninges, as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diferentes agentes infecciosos:

  • Vírus: geralmente provocam quadros mais leves.
  • Bactérias: são as formas mais graves, com risco de morte e sequelas neurológicas.
  • Fungos e parasitas: menos comuns, mas também perigosos em pessoas imunossuprimidas.

No Brasil, os principais agentes bacterianos são:

  • Neisseria meningitidis (meningococo)
  • Streptococcus pneumoniae (pneumococo)
  • Haemophilus influenzae tipo b

Sintomas: atenção aos sinais

A meningite pode se confundir com uma gripe no início, mas evolui rapidamente. Os sintomas variam conforme a idade:

Em bebês:

  • Febre, mesmo que baixa
  • Irritabilidade intensa ou sonolência excessiva
  • Dificuldade para mamar
  • Vômitos e diarreia
  • Moleira estufada (fontanela abaulada)
  • Rigidez de nuca
  • Manchas vermelhas na pele
  • Convulsões

Em crianças maiores e adultos:

  • Febre alta súbita
  • Dor de cabeça intensa
  • Náuseas e vômitos (muitas vezes em jato)
  • Rigidez no pescoço
  • Confusão mental ou sonolência
  • Sensibilidade à luz (fotofobia)
  • Manchas vermelhas que se espalham rapidamente

Segundo o Ministério da Saúde, o aparecimento desses sinais exige atendimento médico imediato, pois a doença pode evoluir em menos de 24 horas.

Tratamento e cura

  • Meningite viral: costuma ser autolimitada, tratada com repouso, hidratação e medicamentos para sintomas.
  • Meningite bacteriana: requer internação imediata e uso de antibióticos endovenosos. O início rápido do tratamento é decisivo para salvar vidas.
  • Meningite fúngica: tratada com antifúngicos específicos, geralmente em pacientes imunodeprimidos.

Mesmo com tratamento, a meningite bacteriana pode deixar sequelas como surdez, dificuldades de aprendizado, convulsões e paralisia cerebral.

Prevenção: a vacina salva vidas

A forma mais eficaz de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente no SUS:

  • Vacina meningocócica C conjugada: aplicada em bebês e reforços na infância.
  • Vacina meningocócica ACWY: oferecida a adolescentes de 11 a 14 anos.
  • Vacina pneumocócica e Hib: também protegem contra agentes causadores da meningite.

Além disso, hábitos de higiene como lavar as mãos, não compartilhar objetos pessoais e evitar aglomerações em surtos ajudam a reduzir o risco de transmissão.

Situação no Brasil

De acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e abril de 2025 já foram confirmados 1.980 casos de meningite no país, com 168 mortes. A doença é considerada endêmica, ou seja, ocorre durante todo o ano, mas tem maior incidência no outono e inverno.

Um alerta que vem da dor

A história de Gustavo mostra que a meningite não escolhe idade nem condição social. A rapidez com que a doença evolui exige atenção redobrada dos pais e responsáveis.

“Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de recuperação sem sequelas”, reforçam especialistas em infectologia.

Em resumo: o que você precisa saber

  • A meningite pode matar em menos de 24 horas.
  • Os sintomas iniciais podem parecer uma gripe, mas evoluem rápido.
  • O tratamento imediato é essencial.
  • A vacinação é a principal forma de prevenção.

O Imprensa Brasília reforça: informação salva vidas. Manter a vacinação em dia e procurar atendimento médico imediato diante de sintomas suspeitos são passos fundamentais para proteger nossas crianças e famílias.