As olheiras são um dos incômodos estéticos mais comuns e, muitas vezes, injustamente associadas apenas a noites mal dormidas. Na verdade, o escurecimento da região abaixo dos olhos pode ter múltiplas origens, que vão desde fatores hereditários até hábitos cotidianos e condições de saúde.

Do ponto de vista genético, algumas pessoas já nascem com maior predisposição a desenvolver olheiras. Isso pode ocorrer por dois motivos principais: a concentração de vasos sanguíneos na região dos olhos — que, por ter a pele mais fina, deixa os vasos mais visíveis — ou pelo excesso de melanina, que resulta em uma coloração amarronzada. Esse tipo de olheira é mais frequente em pessoas de pele mais pigmentada, como árabes e orientais, e tende a ser permanente, embora possa ser suavizado com tratamentos dermatológicos.

O cansaço e a falta de sono também desempenham papel importante. Quando não dormimos bem, a circulação sanguínea fica prejudicada, os vasos se dilatam e o sangue se acumula, deixando a região arroxeada ou azulada. Além disso, a retenção de líquidos pode causar inchaço, intensificando o aspecto escuro.

Já o estilo de vida influencia diretamente na intensidade das olheiras. Dietas ricas em sódio, consumo excessivo de álcool, tabagismo, estresse e desidratação são fatores que agravam o problema. Doenças alérgicas, como rinite e sinusite, também podem contribuir, já que o inchaço da mucosa nasal aumenta a congestão dos vasos próximos aos olhos.

Especialistas classificam as olheiras em quatro tipos principais:

  • Vasculares: azuladas ou arroxeadas, ligadas à má circulação.
  • Pigmentares: amarronzadas, causadas pelo excesso de melanina.
  • Estruturais: relacionadas à anatomia do rosto, como olhos fundos.
  • Mistas: combinação de dois ou mais fatores.

Em resumo, as olheiras não têm uma única causa. Elas podem ser resultado da genética, agravadas pelo cansaço e intensificadas por hábitos de vida. Por isso, o tratamento ideal depende da origem do problema: desde ajustes no sono e na alimentação até procedimentos dermatológicos específicos.

Se as olheiras incomodam muito, o mais indicado é procurar um dermatologista, que poderá identificar o tipo predominante e indicar o tratamento mais eficaz.