Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros trouxe novas perspectivas para o diagnóstico e acompanhamento do câncer de pulmão. A chamada biópsia líquida, exame que analisa fragmentos de DNA tumoral circulantes no sangue, demonstrou capacidade de identificar mutações genéticas em até dois dias, oferecendo agilidade inédita no rastreamento da doença.

A técnica se apresenta como alternativa menos invasiva em relação à biópsia tradicional, que exige coleta de tecido tumoral. Além da rapidez, a biópsia líquida permite monitorar a evolução da doença e ajustar tratamentos de forma mais precisa, já que revela alterações genéticas que podem indicar resistência a medicamentos ou necessidade de novas terapias.

Especialistas destacam que o avanço pode representar uma revolução no acompanhamento de pacientes oncológicos, especialmente em casos de câncer de pulmão, um dos mais incidentes e letais no país. No entanto, o custo elevado do exame ainda é um desafio para sua incorporação ampla no Sistema Único de Saúde (SUS), restringindo o acesso a centros privados e de pesquisa.

A expectativa é que, com o avanço das pesquisas e a ampliação da tecnologia, a biópsia líquida se torne cada vez mais acessível, permitindo diagnósticos mais rápidos e tratamentos personalizados para milhares de pacientes.