A poliomielite é uma doença infecciosa aguda provocada pelo poliovírus, que atinge principalmente crianças, mas também pode afetar adultos. A transmissão ocorre pelo contato com fezes ou secreções de pessoas infectadas, geralmente por meio de água ou alimentos contaminados, além do contato direto entre indivíduos.

O que ela causa

Na maioria dos casos, a infecção é assintomática ou provoca apenas sintomas leves, como febre, dor de garganta, mal-estar e dores no corpo. No entanto, em situações mais graves, o vírus pode atingir o sistema nervoso central e causar paralisia muscular súbita e irreversível, principalmente nos membros inferiores. Essa paralisia pode comprometer a locomoção e, em casos extremos, afetar músculos respiratórios, levando à morte.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos de poliovírus selvagem desde 1990, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos reacendeu o alerta para o risco de reintrodução da doença.

Como se prevenir

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece duas vacinas contra a pólio:

  • VIP (Vacina Inativada Poliomielite): aplicada por injeção, indicada nas primeiras doses do esquema vacinal.
  • VOP (Vacina Oral Poliomielite): as famosas “gotinhas”, usadas como reforço em campanhas nacionais.

Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas conforme o calendário oficial. A meta é atingir 95% de cobertura vacinal, índice considerado seguro para evitar a circulação do vírus.

Além da vacinação, medidas de saneamento básico, higiene das mãos e cuidados com a água e os alimentos ajudam a reduzir o risco de transmissão.

A poliomielite é uma doença grave, mas totalmente prevenível. A vacinação em massa foi responsável por erradicar o vírus no Brasil há mais de três décadas, e manter altas taxas de imunização é fundamental para impedir o retorno da doença.