Em Novembro, mês da segurança aquática, o educador físico Wilson Brasil alerta para os riscos de afogamento e destaca a importância da prevenção, especialmente em Brasília, onde há alta concentração de piscinas e muitos acidentes no Lago Paranoá

O Mês Nacional da Segurança Aquática chama atenção para um dado alarmante: os casos de afogamento seguem entre as principais causas de morte acidental no Brasil, especialmente entre crianças e adolescentes. Em Brasília, a preocupação é ainda maior — a cidade está entre as capitais com maior concentração de piscinas por metro quadrado e registra acidentes frequentes no Lago Paranoá, onde foram registrados 62 casos de afogamento em 2024, com 19 mortes.

Para Wilson Brasil, educador físico e coordenador técnico da Academia D’stak, a prevenção precisa ser ativa e contínua. “A aula de natação não é só uma atividade física — é uma aula de sobrevivência. Toda criança deveria ter contato com a água desde cedo, com orientação profissional e ambiente seguro. Isso salva vidas.” Entre as dicas mais importantes, ele reforça: “Ensine seu filho a nadar, e nunca substitua supervisão por boias. Boia não educa e não protege.”

Segundo Wilson Brasil, a prevenção precisa ser constante — e começa antes de entrar na água. “Muita gente só associa natação à prática esportiva, mas a verdade é que saber nadar é uma habilidade de sobrevivência. E quanto mais cedo esse aprendizado começa, mais natural e seguro se torna”, afirma.

De acordo, a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o afogamento é a segunda principal causa de morte acidental entre crianças de 1 a 4 anos no Brasil. “O mais preocupante é que a maioria dos casos acontece sob supervisão de um adulto. É uma tragédia silenciosa e rápida”, reforça Wilson.

Na D’stak, o trabalho com a natação começa a partir dos 3 meses de idade, com foco na adaptação ao meio líquido, noções de flutuação, respiração e, com o tempo, autonomia. A academia também oferece turmas para adultos, idosos e pessoas com medo de água, sempre com profissionais capacitados e ambiente controlado.

“A prevenção está na base. Ensinar uma criança a nadar é preparar ela para o mundo. É reduzir drasticamente o risco de acidentes, de traumas, e de perdas que poderiam ser evitadas com informação, estrutura e acompanhamento”, destaca o educador físico.

5 dicas de segurança de Wilson Brasil para um verão mais tranquilo:

  • Supervisione crianças de perto, mesmo que saibam nadar.
  • Nunca confie apenas em boias infláveis ou dispositivos de flutuação.
  • Em piscinas, observe se há salva-vidas e regras visíveis.
  • Evite nadar sozinho em águas abertas, como o Lago Paranoá.
  • A melhor prevenção é o conhecimento: aprenda a nadar e incentive sua família.