Hoje nós vamos falar sobre um assunto que preocupa muitas mulheres: a tal da menopausa. Tudo começa com o climatério, momento que antecede esta fase. É exatamente aí que as mudanças físicas se iniciam, com as irregularidades menstruais, escassez no fluxo e até hemorragias. Já a chegada da menopausa, propriamente dita, vem com outros sintomas, como aquelas ondas de calor ou fogachos (com episódios súbitos de sensação de calor no rosto, pescoço e na parte superior do tronco). Normalmente, eles vêm acompanhados de vermelhidão no rosto, suores, palpitações no coração, vertigens e cansaço muscular.
E a lista de sintomas é extensa: tem mulheres que ficam com dificuldade para esvaziar a bexiga, tem dor, perda de urina, infecções urinárias e ginecológicas, ressecamento vaginal, dor na hora da penetração e até diminuição da libido. Há também aqueles casos em que há aumento da irritabilidade, instabilidade emocional, a mulher fica com o choro descontrolado, com depressão, distúrbios de ansiedade, melancolia, perda da memória e insônia.
Em outras situações, há alterações no vigor da pele, dos cabelos e das unhas, que ficam mais finos e quebradiços. Ocorrem também alterações na distribuição da gordura corporal, que passa a se concentrar mais na região abdominal; isso tudo, sem falar na perda de massa óssea, característica da osteoporose (doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos enfraquecidos e predispostos a fraturas) e da osteopenia (condição que ocorre quando o corpo não produz um novo osso tão rapidamente quanto reabsorve o osso antigo); e do risco aumentado de doenças cardiovasculares.
Essa fase ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos. É aquele período que marca o fim do ciclo reprodutivo da mulher e está relacionado à diminuição da produção do hormônio estrogênio. As consequências dessa redução hormonal são todos esses sintomas físicos, que acabam prejudicando a qualidade de vida e o bem-estar da mulher. Segundo a terapeuta integrativa Luciana Tokarski, esta fase exige atenção e cuidados; e a medicina integrativa pode auxiliá-las a passarem por este processo.
“A medicina integrativa trata o paciente como um todo: corpo, mente e espírito também, personalizando o tratamento. Cada mulher tem o seu tempo e o seus hábitos de vida e, assim, os sintomas da menopausa podem diferenciar no tipo de manifestação clínica e também na intensidade. Desta forma, o Terapeuta Integrativo pode avaliar a paciente, orientando e fazendo as indicações dos tratamentos adequados para cada caso”, relata Luciana Tokarski.
A especialista dá outras dicas para aliviar os efeitos da menopausa.
“Nesta fase é indicada uma suplementação com nutrientes, como Omega3, Vitamina D, Cálcio, Fitoestrogênio, Zinco, Polifenóis, Vitaminas do Complexo B, Melatonina, Maca Peruana, entre outros. Além disso, a prática de atividade física regular, a alimentação saudável e a terapia – como a aromaterapia, a acupuntura – ajudam a diminuir os sintomas da menopausa”, conta a terapeuta integrativa.
Além desses hábitos, podemos destacar outros pontos importantes que podem auxiliar na qualidade de vida das mulheres, tais como: manter o peso adequado, evitar o uso de cigarros e o consumo de álcool ou cafeína. Ah, lembrando que mesmo com a chegada da menopausa, as mulheres devem manter o acompanhamento ginecológico regularmente.