A trombose é uma condição grave caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos que obstruem a passagem do sangue em veias ou artérias. Embora muitas vezes silenciosa, pode levar a complicações fatais, como a embolia pulmonar, e está associada a uma em cada quatro mortes no mundo, segundo a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostase.

No Brasil, o Ministério da Saúde registrou mais de 36 mil novos casos apenas no primeiro semestre de 2025. A forma mais comum é a trombose venosa profunda, que geralmente afeta as pernas e pode provocar inchaço, dor, calor e vermelhidão. Em alguns pacientes, no entanto, os sintomas não aparecem, o que aumenta o risco de evolução para quadros mais graves.

Entre os fatores de risco estão o sedentarismo, a obesidade, o tabagismo, o uso de anticoncepcionais hormonais, cirurgias recentes, longos períodos de imobilidade e histórico familiar da doença. Pessoas que passam muitas horas sentadas, como em viagens longas, também estão mais suscetíveis.

Apesar da gravidade, a trombose pode ser evitada. Médicos destacam que manter uma rotina de exercícios físicos, adotar uma alimentação equilibrada, beber bastante água, evitar o cigarro e controlar doenças crônicas como hipertensão e diabetes são medidas fundamentais. Em situações específicas, como pós-operatórios ou viagens prolongadas, pode ser indicado o uso de meias de compressão ou até medicamentos anticoagulantes.

O Dia Mundial da Trombose, celebrado em 13 de outubro, busca ampliar a conscientização sobre a doença e lembrar que a prevenção é a principal arma contra ela. O diagnóstico precoce também é determinante: quando identificada a tempo, a trombose é tratável e as chances de complicações diminuem significativamente.

Cuidar da circulação é, portanto, um compromisso diário. Atitudes simples, como levantar-se a cada duas horas em viagens, movimentar as pernas e manter hábitos saudáveis, podem salvar vidas.