O problema começou após um bloqueio orçamentário de R$ 812,2 milhões no Comando da Aeronáutica (COMAER), parte de um contingenciamento de R$ 2,6 bilhões ao Ministério da Defesa determinado em maio. Esse corte impactou gravemente as despesas discricionárias, como combustível e manutenção, já que R$ 23,7 bilhões do orçamento de R$ 29,4 bilhões destinam-se a salários e pensões.

As consequências vão além dos voos de autoridades. Missões vitais, como o transporte de órgãos para transplantes, também estão ameaçadas pela falta de combustível e manutenção. A FAB avisou que os cortes geraram “impactos severos em praticamente todas as atividades”.

Enquanto isso, projetos como a montagem de salas VIP da FAB para ministros participarem da COP 30 em Belém seguem avançando, o que trouxe críticas sobre prioridades e uso de recursos públicos.

Sem uma nova autorização orçamentária ou reposição de verbas, a partir de 4 de agosto esses voos oficiais podem ser interrompidos. Isso representa risco de atrasos em agendas de governo, em missões de Estado e até em atendimentos de urgência médica. A solução depende agora de ação rápida do Ministério da Defesa e da equipe econômica.