No dia 24 de agosto, celebra-se o Dia da Infância, uma ocasião para destacar a alegria e a inocência das crianças. Entretanto, essa data também traz à tona a relevância do diagnóstico precoce de distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais que podem afetar o desenvolvimento infantil em todas as suas fases.
A infância desempenha um papel fundamental no crescimento cognitivo e emocional das pessoas. Durante essa fase, o cérebro é particularmente plástico, o que significa que está mais suscetível a aprender e se adaptar. Dessa maneira, é essencial estar atento a quaisquer indícios de atrasos no desenvolvimento, pois eles podem ser sinais de distúrbios subjacentes.

Segundo o neurologista Dr. Heitor Lima, o diagnóstico precoce de distúrbios cognitivos e comportamentais na infância é crucial para garantir o melhor tratamento e desenvolvimento possível para as crianças. “Os distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais podem se manifestar de várias formas, incluindo atrasos no desenvolvimento motor, linguagem, aprendizado e socialização, além de comportamentos disfuncionais. É fundamental identificar qualquer sinal de alerta e buscar assistência médica prontamente”, adverte o médico.
Os distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais são condições que impactam a capacidade de aprender, compreender e recordar informações, bem como regular emoções e comportamentos. Esses distúrbios podem ter várias causas, como dinâmicas familiares, problemas na gestação, fatores genéticos, infecções, lesões e exposição a substâncias tóxicas.
Alguns dos distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais mais comuns na infância incluem:
- TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade);
- Autismo;
- Deficiência intelectual;
- Paralisia cerebral;
- Transtornos de ansiedade;
- Dislexia.
O diagnóstico de tais distúrbios é frequentemente realizado por neurologistas, neuropediatras, psiquiatras, pediatras ou psicólogos especializados em crianças. O profissional realizará uma avaliação clínica detalhada e poderá solicitar exames complementares, como testes de inteligência, linguagem e desenvolvimento motor, entre outros.
Os tratamentos para distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais variam de acordo com o tipo e a gravidade do distúrbio. Em alguns casos, podem incluir o uso de medicamentos, terapia ou educação especializada.
Com diagnóstico e tratamento precoces, muitas crianças que enfrentam esses distúrbios podem levar uma vida produtiva e plena. “É essencial lembrar que crianças com distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais não são tão diferentes das demais. Elas necessitam de amor, afeto e apoio para alcançar seu potencial máximo”, conclui o neurologista.
Se houver preocupações em relação ao desenvolvimento cognitivo, emocional ou comportamental de uma criança, é aconselhável procurar um profissional de saúde para avaliação. Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer uma enorme diferença na vida das crianças que enfrentam tais desafios.