Caso o GDF não apresente proposta até 30 de agosto, a categoria planeja intensificar as mobilizações em busca da equiparação com a PF
 
Os policiais civis do Distrito Federal estão em estado permanente de assembleia até o dia 30 de agosto, após deliberação durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada nesta terça, 20 de agosto, no Estacionamento VI do Parque da Cidade, que contou com a participação massiva da categoria.

O prazo foi instaurado para que o Governo do Distrito Federal (GDF) apresente uma solução concreta para o pleito da simetria salarial com a Polícia Federal (PF). Caso não haja avanços, a categoria intensificará as ações. Uma nova AGE está agendada para o dia 3 de setembro, desta vez em frente ao Palácio do Buriti, com indicativo de paralisação.

Durante a AGE, o presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF), Wellington Luiz (MDB), e o deputado federal Rafael Prudente (MDB), estiveram presentes para manifestar apoio às demandas dos policiais civis.

Wellington Luiz, que também é policial civil, veterano (aposentado), destacou que tratativas estão sendo feitas para que, até o prazo acordado com a categoria, a demanda seja oficialmente entregue ao ente federal.

“Hoje subo aqui como policial, não como político, para dizer que, unidos, vamos ter vitória em mais esse pleito. Temos trabalhado incansavelmente em conjunto com o Sinpol-DF e o Sindepo-DF para garantir que as demandas legítimas da categoria sejam atendidas”, ressaltou o presidente da CLDF.

O Sinpol-DF disponibilizou aos policiais civis presentes uma tabela com a proposta de reajuste elaborada para alcançar a simetria salarial com os policiais federais até 2026, ano em que a PF receberá a última parcela do reajuste.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Enoque Venancio de Freitas, destacou que o pleito é justo, considerando que ambas as corporações têm origem no extinto Departamento Federal de Segurança Pública (DFSP). Ele também ressaltou que a PCDF já está com o orçamento preparado.

“A PCDF já fez seu dever de casa e, por meio da Delegacia-Geral de Polícia Civil (DGPC), comandada pelo Delegado-Geral José Werick, ajustou o orçamento e enxugou gastos para viabilizar essa equiparação. Agora, aguardamos que o GDF reconheça essa realidade e atenda nossa demanda”, enfatizou Enoque.
 

A AGE também contou com a presença dos representantes da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), Deivison Soares Costa e Silva, presidente em exercício, e do diretor Marcus Monteiro, além dos presidentes do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Distrito Federal (Sindepo), Dra. Cláudia Alcântara, da Associação dos Agentes Policiais de Custódia (AAPC), Fabrício Gildino, da Associação Brasiliense de Peritos Papiloscopistas (Asbrapp), Ana Carolline Tupinambá, e da Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil do Distrito Federal (Agepol), Reynaldo Martins.

Freitas enfatizou a importância da união da categoria e enviou uma mensagem firme aos governantes.

“A categoria se uniu e deliberou por essas ações de mobilização, dando um voto de confiança e aguardando uma resposta do GDF para solucionar esse pleito. No dia 3 de setembro, se nada progredir, estaremos em frente ao Palácio do Buriti para, unidos, cobrar a resolução da nossa paridade”, destacou.
 

por Júlia Zouain. Foto: David Jordan/Sinpol-DF.