Um clássico atemporal, uma paisagem de tirar o fôlego e duas vozes que se encontram em perfeita harmonia. Assim foi a emocionante performance de “Hallelujah”, de Leonard Cohen, interpretada pelo tenor italiano Andrea Bocelli e a cantora norte-americana Tori Kelly. O dueto, gravado ao ar livre na Abadia de San Galgano, na Toscana, integra o especial musical “The Journey”, projeto que une música, espiritualidade e paisagens históricas da Itália.

Um encontro entre o lírico e o soul

A performance é um raro e poderoso encontro entre o lirismo da música clássica e a suavidade do soul contemporâneo. Bocelli canta parte da canção em italiano, enquanto Tori Kelly interpreta os versos em inglês, criando uma fusão de culturas e estilos que amplifica a profundidade emocional da música.

🗣️ “I heard there was a secret chord, that David played and it pleased the Lord…”
📖 “Ouvi dizer que havia um acorde secreto, que Davi tocava e agradava ao Senhor…”

🗣️ “Love is not a victory march, it’s a cold and it’s a broken hallelujah…”
📖 “O amor não é uma marcha triunfal, é um aleluia frio e despedaçado…”


Parte do especial “The Journey”

A apresentação faz parte do filme-concerto “The Journey: A Music Special from Andrea Bocelli”, que acompanha o tenor e sua esposa, Veronica Berti, em uma peregrinação a cavalo pela antiga Via Francigena, rota usada por séculos por apóstolos e peregrinos. O projeto, abençoado pelo Papa, inclui participações de artistas como Michael W. Smith, Tauren Wells, TAYA e, claro, Tori Kelly.


Hallelujah: um hino entre o sagrado e o quebrado

Escrita por Leonard Cohen em 1984, “Hallelujah” é uma das canções mais reinterpretadas da história. Com mais de 80 estrofes escritas ao longo de cinco anos, Cohen criou uma obra que transita entre o sagrado e o profano, o desejo e a fé, o louvor e a dor.

“Mesmo o fracasso, o amor partido e a dúvida mais escura merecem um Hallelujah honesto.” — Leonard Cohen

A canção ganhou notoriedade com versões de Jeff Buckley, John Cale, Rufus Wainwright e agora, com Bocelli e Kelly, ganha uma nova camada de espiritualidade e beleza.


Um tributo à vulnerabilidade humana

A interpretação de Bocelli e Kelly não é apenas musical — é espiritual. Em tempos de incerteza, a canção se transforma em um tributo à esperança, à fé e à beleza da vulnerabilidade humana. É um lembrete de que o amor, mesmo quando falha, ainda pode ser sagrado. E que a música, quando feita com verdade, tem o poder de curar.