O ano era 1997 quando dois dos maiores players da viticultura mundial resolveram juntar-se para criar um vinho Premium que traduzisse o melhor do terroir chileno, vinificado sob a supervisão de um dos melhores produtores franceses.

Esses dois protagonistas foram a empresa francesa Baron Philippe de Rothschild e a chilena Viña Concha Y Toro, fundando a Viña Almaviva e dando início a uma parceria de sucesso, que culminou na criação de um dos vinhos chilenos mais conhecidos e cobiçados da atualidade.

Embora tenha uma sonoridade hispânica, o nome “Almaviva”, além de remeter à ideia de um vinho com alma e que vive por anos dentro da garrafa, pertence à literatura clássica francesa. O Conde de Almaviva é o herói de duas famosas comédias de Beaumarchais (1732-1799): “O Barbeiro de Sevilha” e “As Bodas de Fígaro”, posteriormente transformadas em óperas pelos compositores Gioachino Rossini e Mozart.

A caligrafia que dá corpo ao nome “Almaviva” no rótulo é representação de próprio punho de Beaumarchais, como homenagem à cultura francesa.

O rótulo também homenageia a história do Chile, com três reproduções de um desenho circular estilizado em um instrumento de percussão antigo, usado em rituais, chamado “Kultrun”, simbolizando a visão da terra e do cosmos na civilização Mapuche, o povo indígena mais numeroso e representativo do Chile A cruz representa os pontos cardeais, os pontos dentro dos quadrantes representam as quatro estações, enquanto os semicírculos representam os ventos. Ventos mais fortes no norte e no sul têm dois semicírculos, enquanto o leste e o oeste têm um.

Com uvas oriundas da localidade de Puente Alto, na parte mais alta do Vale do Maipo, na região central do Chile, a colheita é manual, com seleção criteriosa apenas dos melhores cachos. O vinho é um assemblage de uvas tradicionais da região de Bordeaux, onde predomina sempre a Cabernet Sauvignon, e conta também com a Carmenere (do famoso vinhedo de Peumo), Cabernet Franc, Petit Verdot e Merlot, em menores proporções, todas variando anualmente na sua composição e porcentagem: tudo para expressar o melhor da cada safra. O vinho conta ainda com um afinamento em barricas novas de carvalho francês por 16 a 18 meses, aportando estrutura, complexidade e muita elegância.

Um trabalho magnífico do enólogo Michel Friou, que ano após ano, mantém o vinho em um platô de excelência mundial, sendo globalmente reconhecido e agraciado com inúmeros prêmios. Entre eles, a safra de 2017 foi eleita pelo crítico James Suckling como o “Vinho da Década”

Michel Friou: Diretor e Enólogo do projeto Almaviva

Michel nasceu nos arredores de Nantes, na França, onde estudou Biologia e Agronomia Tropical, decidindo-se pela especialização em Viticultura e Enologia, em Montpellier. Antes de conhecer o território chileno, Friou ganhou experiência e habilidades ímpares ao trabalhar nas regiões francesas de Bordeaux, Borgonha, Champagne, e também na Austrália.

Seus mentores na enologia foram nada mais, nada menos do que: Paul Pontallier, que fora diretor do Château Margaux, adquirindo expertise extraordinária com o terroir de Bordeaux, e Michel Rolland.

Encabeçando o projeto Almaviva desde 2007, Michel Friou consagrou-se como um dos personagens mais importantes e consistentes do cenário vitivinícola mundial e nos brinda a cada ano com uma obra de arte chamada Almaviva.