O ex-presidente dos EUA reclamava de duas declarações da vítima. Ele alegava que tinha sido condenado por agressão sexual, e não por estupro, e, por isso, ela não não poderia falar em estupro.
Um juiz norte-americano rejeitou nesta segunda-feira (7) uma ação por difamação de Donald Trump contra a escritora E. Jean Carroll, que obteve um veredicto do júri para receber US$ 5 milhões (R$ 24,5 milhões) por difamação e agressão sexual em um caso contra o ex-presidente em maio.
Trump foi condenado por agressão sexual, mas não por estupro. No entanto, em uma entrevista a uma rede de TV, a escritora afirmou que houve estupro, sim. Por isso, o ex-presidente a processou por difamação.
Ele também justificou o processo dela com uma declaração de Carroll na qual ela conta que disse a seu advogado, logo após a leitura do veredicto: “Ele fez isso e você sabe disso”.
O juiz Lewis Kaplan disse que a alegação de difamação de Trump deve ser rejeitada porque as declarações de Carroll eram pelo menos “substancialmente verdadeiras”.
Além disso, Trump falhou em mostrar que Carroll fez as declarações com malícia real.
Trump apresentou a ação, conhecida como reconvenção por ser do acusado contra o autor, em um segundo processo de difamação aberto por Carroll, no qual ela busca pelo menos US$ 10 milhões.
Os advogados de Trump e Carroll não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Fonte: Reuters
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