O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) reconheceu publicamente seu erro após interromper o depoimento da influenciadora Virginia Fonseca na CPI das Bets para gravar um vídeo a pedido de sua filha. O episódio, ocorrido na última semana, gerou críticas sobre a postura do parlamentar e levantou questionamentos sobre a seriedade dos trabalhos da comissão.

O pedido de desculpas e a justificativa

Durante sessão no Senado, Cleitinho admitiu que sua atitude foi inadequada. “Não era o local, não era o momento”, afirmou, explicando que agiu no calor da emoção ao atender ao pedido de sua filha. Apesar do reconhecimento do erro, o senador manteve sua posição contrária às apostas online e sugeriu que Virginia deixasse de divulgar casas de aposta e focasse na promoção dos suplementos de sua marca, WePink.

A reação da relatora da CPI

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI, também se manifestou sobre o episódio e rebateu críticas por ter tirado uma foto com a influenciadora. Segundo Soraya, a imagem foi solicitada por Virginia ao final da sessão, e ela apenas atendeu ao pedido por cortesia. No entanto, a senadora deixou de seguir a influenciadora nas redes sociais após um vídeo controverso relacionado ao “dinheiro do tigrinho”, que considerou um desrespeito ao trabalho da comissão.

O impacto na CPI das Bets

A CPI das Bets foi criada para investigar possíveis irregularidades no setor de apostas online, incluindo lavagem de dinheiro e práticas abusivas de publicidade. No entanto, episódios como esse levantam dúvidas sobre a seriedade dos trabalhos parlamentares, especialmente quando senadores demonstram comportamento de tietagem diante de figuras públicas.

A postura de Cleitinho e a repercussão da foto de Soraya reforçam o debate sobre a influência das redes sociais na política e a necessidade de manter o foco nas investigações. Enquanto isso, a CPI segue analisando contratos e estratégias de marketing de influenciadores ligados ao setor de apostas.

O episódio expõe um dilema: até que ponto a presença de celebridades em CPIs pode comprometer a credibilidade das investigações? O debate continua.