Brasília, 29 de novembro de 2024 – Uma mulher de 53 anos foi presa nesta sexta-feira após simular seu próprio sequestro com o objetivo de roubar R$ 30 mil do marido e fugir para começar uma nova vida. Utilizando uma ferramenta de inteligência artificial, ela redigiu a mensagem de sequestro, empregando uma linguagem supostamente usada por criminosos para causar pânico no companheiro.

De acordo com investigações da Coordenação de Repreensão dos Crimes Patrimoniais (Corpatri) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o casal, originário de Araguari (MG), estava temporariamente morando em Planaltina (DF) a trabalho. Na quarta-feira (27/11), a mulher informou ao marido que faria uma viagem de carro para voltar ao município mineiro.

No entanto, ela permaneceu na região administrativa e, no dia seguinte, enviou uma mensagem de falso sequestro ao marido. Fingindo ser criminosa, a mulher escreveu ameaças direcionadas a si mesma, exigindo R$ 30 mil do cônjuge e afirmando que os “criminosos” ficaram com outros bens compartilhados do casal, como carro, televisão e uma airfryer.

Segundo os investigadores, essa foi apenas a primeira de várias mensagens enviadas para ameaçar e extorquir a vítima. Ao receber a mensagem, o marido procurou a 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião), que acionou a Corpatri. A polícia então iniciou uma investigação minuciosa, que levou à descoberta da farsa.

A mulher foi detida e enfrenta acusações de fraude e extorsão. As autoridades destacaram a gravidade do caso, ressaltando que simular um crime não apenas desperdiça recursos policiais, mas também causa sofrimento emocional às vítimas envolvidas. “Este tipo de comportamento é inaceitável e será tratado com todo o rigor da lei,” afirmou o delegado responsável pelo caso.

Especialistas em saúde mental alertam para o impacto psicológico que situações como essa podem causar nas vítimas. “O trauma emocional para o marido é significativo. Ele acreditou que sua esposa estava em perigo real, o que pode levar a consequências psicológicas duradouras,” explica a psicóloga Maria Silva.