O recente confronto entre Israel e o grupo extremista islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, atingiu níveis alarmantes no último sábado (7/10), resultando na maior ofensiva em anos. O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, em resposta, declarou estado de guerra.
Em contexto, o último grande conflito entre Israel e o grupo ocorreu em 2021, perdurando por 11 dias. Para compreender esse cenário, é necessário mergulhar nas décadas de tensões crônicas na região.
O que desencadeou o atual cenário?
O Hamas lançou uma incursão sem precedentes, envolvendo operações terrestres, marítimas e aéreas contra Israel no último sábado. Combatentes palestinos invadiram pelo menos 14 localidades no sul de Israel, causando baixas entre civis e soldados e mantendo reféns. Adicionalmente, milhares de foguetes foram disparados contra o território israelense. Outras facções palestinas, como o Jihad Islâmico e a Frente Popular pela Libertação da Palestina, também se uniram à ofensiva.
O ataque ocorreu durante o feriado judaico de Simchat Torah, um dia após o 50º aniversário da Guerra do Yom Kippur entre Israel e os países árabes. A ação aparentemente surpreendeu as Forças Armadas de Israel, indicando uma possível falha nos serviços de inteligência do país.
Em resposta, Netanyahu declarou estado de guerra, mobilizou reservistas e ordenou bombardeios contra a Faixa de Gaza. Ele enfatizou a gravidade da situação, declarando que o Hamas “pagará um preço sem precedentes”. A região permanece em um estado de tensão delicado, com implicações significativas para o Oriente Médio.
Foto: MAHMUD HAMS / AFP