Hoje, os Estados Unidos vivem um dos momentos mais tensos e polarizados de sua história política recente. O magnata republicano Donald Trump e a ex-senadora e atual vice-presidente Kamala Harris disputam a Presidência dos EUA, empatados em várias pesquisas de opinião. No último dia de campanha, o estado da Pensilvânia se tornou o epicentro das atenções, com ambos os candidatos realizando eventos decisivos na região.
A eleição de 2024 tem sido marcada por uma série de eventos dramáticos e inesperados. Donald Trump, que busca retornar à Casa Branca após sua derrota em 2020, enfrentou dois atentados contra sua vida durante a campanha, além de um julgamento por crimes financeiros. Kamala Harris, por sua vez, assumiu a liderança do Partido Democrata após o presidente Joe Biden decidir não concorrer à reeleição, em meio a uma performance desastrosa em um debate.
As pesquisas de opinião mostram um cenário de empate técnico entre Trump e Harris. De acordo com a última pesquisa da NBC News, ambos os candidatos têm 49% das intenções de voto, com apenas 2% dos eleitores ainda indecisos1. Harris lidera em questões como direitos reprodutivos e apoio à classe média, enquanto Trump tem vantagem em temas econômicos e imigração.
A Pensilvânia, com seus 19 votos no colégio eleitoral, é um dos estados-chave para a definição do resultado. Harris passou o último dia de campanha visitando áreas de classe trabalhadora, incluindo Allentown, e encerrou com um grande comício em Filadélfia, que contou com a presença de celebridades como Lady Gaga e Oprah Winfrey2. Trump, por sua vez, realizou quatro comícios em três estados, começando por Raleigh, na Carolina do Norte, e terminando em Greensboro.
A eleição também revela profundas divisões demográficas. Harris tem forte apoio entre eleitores negros, jovens e mulheres, enquanto Trump é preferido por eleitores rurais, brancos e sem diploma universitário. Essa polarização reflete a complexidade do eleitorado americano e a dificuldade de prever o resultado final.
Com a votação em andamento, o clima de incerteza e tensão só aumenta. A eleição de 2024 não é apenas uma disputa entre dois candidatos, mas um reflexo das profundas divisões e desafios que os Estados Unidos enfrentam. Independentemente do resultado, o país terá que lidar com as consequências de uma campanha marcada por conflitos e polarizações.