A polarização política que marca as eleições presidenciais nos Estados Unidos em 2024 encontrou eco no Brasil, com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro manifestando apoio a candidatos opostos. Enquanto Lula declarou seu apoio à candidata democrata Kamala Harris, Bolsonaro enviou votos de vitória para o republicano Donald Trump.
Lula, atual presidente do Brasil, expressou publicamente seu apoio a Kamala Harris, destacando que uma vitória da democrata seria “mais segura para fortalecer a democracia nos Estados Unidos”12. Em entrevista a uma emissora francesa, Lula associou Trump aos ataques ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, afirmando que a eleição de Kamala representaria um retorno à estabilidade democrática. “A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia nos EUA,” disse Lula.
Por outro lado, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, gravou um vídeo em apoio a Donald Trump, descrevendo-o como “a certeza de um mundo melhor”34. Bolsonaro, que está inelegível até 2030, elogiou Trump como o “maior líder conservador da atualidade” e afirmou que seu retorno ao poder garantiria paz e liberdade. “Em seu governo, os Estados Unidos projetavam poder. Não tivemos guerras e a paz se fez presente em todo o globo,” declarou Bolsonaro.
As manifestações de apoio de Lula e Bolsonaro refletem a polarização política que também existe no Brasil. Lula, alinhado com os valores democráticos e progressistas, vê em Kamala Harris uma aliada na luta pela democracia e justiça social. Bolsonaro, por sua vez, identifica-se com a agenda conservadora de Trump, que inclui a defesa da família tradicional, do livre mercado e da liberdade de expressão.
A eleição presidencial nos Estados Unidos não apenas influencia a política interna do país, mas também reverbera em outras nações, como o Brasil. As declarações de Lula e Bolsonaro mostram como a polarização política transcende fronteiras, refletindo as divisões ideológicas que marcam o cenário global atual. Independentemente do resultado, a eleição americana continuará a impactar as relações internacionais e a política doméstica de muitos países.