A espera chegou ao fim. A terceira e última temporada de Round 6 estreou na madrugada desta sexta-feira (27) na Netflix, encerrando uma das séries mais impactantes da última década. Com apenas seis episódios, todos lançados simultaneamente, a produção sul-coreana promete um desfecho eletrizante para a jornada de Gi-hun, o icônico Jogador 456, e para o universo distópico que conquistou o mundo.

O retorno de Gi-hun e o peso da consciência

A nova temporada retoma exatamente de onde a anterior parou. Gi-hun, devastado pelas perdas e pela impotência diante da continuidade dos jogos, retorna com um único objetivo: desmantelar o sistema cruel que transforma vidas em espetáculo. Mais consciente e determinado, ele se vê novamente dentro da competição — agora com a missão de virar o jogo por dentro.

O personagem, interpretado por Lee Jung-jae, enfrenta dilemas morais ainda mais profundos, enquanto o enigmático Front Man (Lee Byung-hun) assume um papel central nos bastidores. A tensão entre os dois promete ser o fio condutor da temporada.

Novos jogadores, velhas regras

Além dos rostos já conhecidos, a temporada apresenta novos participantes, como Myung-gi (Jogador 333), Dae-ho (Jogador 388) e Jun-hee (Jogador 222), cada um com histórias e motivações que se entrelaçam à narrativa principal. Os jogos, mais cruéis e psicológicos, colocam os personagens diante de escolhas extremas — e o público, diante de reflexões incômodas sobre moralidade, sobrevivência e poder.

Crítica social segue afiada

Desde sua estreia em 2021, Round 6 se destacou não apenas pelo suspense, mas pela crítica contundente à desigualdade social, à exploração da miséria e à banalização da vida humana. A temporada final mantém esse tom, aprofundando o olhar sobre os bastidores da elite que financia os jogos e sobre os mecanismos que perpetuam a violência como entretenimento.

Um fenômeno cultural

Com mais de 571 milhões de horas assistidas na primeira temporada e recordes em 97 países, Round 6 ultrapassou as barreiras do streaming e se tornou um fenômeno global. A série inspirou produtos licenciados, reality shows e discussões acadêmicas — e agora se despede com a promessa de um final à altura de seu impacto.

Maratona liberada (e recomendada)

Com episódios que somam cerca de 6 horas e 30 minutos, a temporada final é ideal para maratonar — de preferência antes que os spoilers tomem conta das redes sociais. A Netflix, como de costume, manteve segredo sobre os desfechos, mas os trailers e entrevistas indicam que o encerramento será emocionalmente intenso e visualmente marcante.

E o fim?

A resposta para o destino de Gi-hun e dos jogos só será revelada nos episódios finais. Mas uma coisa é certa: Round 6 se despede como uma das produções mais ousadas e provocativas da era do streaming — e deixa um legado que vai muito além da tela.