A querida Região Administrativa com jeito de cidade de interior celebra 56 anos e mostra que tem mais do que o famoso Bomba para oferecer à gastronomia local
Quem já morou no Guará parece nunca superar a memória afetiva. Uma das poucas R.As que (ainda) não cresceu descontroladamente e mantém uma estrutura que lembra algumas cidades do interior: uma pracinha, com parquinho, quadra de esportes, banquinhos, cercada por casas e prédios, alternadamente.
Realmente, moro lá há 5 anos, e já me sinto muito conectada com a comunidade guaraense, sabe?
Famosa pelo Bomba – o sanduíche que mata a fome de qualquer um até pela construção vultosa de hambúrguer, presunto, salsicha, ovo e salada – a cidade ainda é carente de restaurantes com pegada mais intimista ou romântica, mas já oferece muito mais do que os antigos quiosques de sanduba (que ainda são um clássico e vão muito bem, obrigada!).
Veja aqui algumas dicas de lugares para conhecer:
Tio Xu e Tia Fa Comida Caseira e Fogão Goiano
Se o Guará tem cara de cidade de interior, não pode faltar aquela comidinha “de tia” ou “de vó”, né?
No Guará 1, o casal Xu e Fá tocam com maestria o restaurante na QE 28, bem aconchegante e repleto de delícias, como a Picanha Grelhada com Banana da Terra, almôndegas ao molho, parmegiana e, claro, a famosa feijoada de sexta-feira, tudo muito bem executado e temperado.
Outra opção, é o self-service dos mais adorados no Guará 2: Fogão Goiano, que oferece um buffet com os clássicos feijão tropeiro, pernil suíno, farofinha e torresmo.
Meire Gontijo e Luzia Bistrô
As duas casas mais próximas da cozinha contemporânea, com muita variedade e ambiente mais chamoso, são referências imediatas para o guaraense. Tanto o Meire Gontijo quanto o Luzia Gastrô oferecem petiscos, pizza, massas, risotos, além de rodízios em alguns dias da semana, sendo impossível não recorrer aos seus variados cardápios seja no dia-a-dia, seja para celebrações em família.



Eu diria que o Luzia é das poucas possibilidades para um jantar romântico por ali, mas ambas são clássicos guaraenses mais modernos.
Donburi
Essa pequena casa japonesa tem o meu coração! O restaurante tem ambiente simples, mas bem temático, e aproveita a cozinha para o delivery do Hai!Sushi, que também pertencem ao grupo da querida Chef Rosa Takematsu.




O Donburi é aposta certa para quem ama a ala “quente” da dozinha japonesa, como seus guiozas, Ramén e Udons, além do petisco KFC, de frango agridoce apimentado, que eu amo!
Crioula Café e Claus Cafeteria
Depois que perdemos a loja mais chamosa e hypada do Acervo Café, o Guará parece ter pipocado de candidatos substitutos. Hoje, a cidade não perde na quantidade de opções pequenas e espalhadas pelos Guarás 1 e 2.
O Crioula Café tem uma pegada bem caseira e é muito famoso, principalmente, pelos bolos de cenoura, laranja e banana, além dos cafés bem tirados, seja quente ou gelado.
O Claus Café já é bem mais recente e bem pequenino, na lateral de uma área residencial. Ambiente super charmoso e só elogios aos quitutes estilo brunch, como o croque monsieur, por exemplo.
Savassi Carne de Sol
O Guará está bem servido nesse quesito também e o Ceará Carne de Sol é dos mais famosos. Mas pertinho de mim tem o Savassi, que faz muito bem o seu trabalho. Comida muito boa, farta, com preço justo e o atendimento é excelente.


A carne de sol completa atende a família de 4, bem tranquilamente, e o chopp gelado e brinquedoteca só colocam a cereja nesse bolo sertanejo.
Solanos Cozinha e Bar e Estação 22
Se entrarmos na seara dos botecos, a gente não pára de escrever nunca mais, né? O Guará é repleto de botequins muito famosos, como o Toizin, que tem um verdadeiro rodízio de petiscos como jiló ou dedo de moça recheados, pasteis e torresmo de barriga. Casas novas e mais modernas, como Mandaka e Porks também já têm clientela cativa e angariam elogios.
Mas eu quero falar de duas casas “aleatórias”. O Solano’s que já foi um lugar um pouco mais “bagunçado”, vamos dizer assim, com uma pegada meio boate azul, desde 1997, hoje prospera na chamada praça dos Quiosques, com sua cozinha botequeira clássica.

Inclusive, um dos pratos mais incríveis que provei em festival de boteco foi do Solano’s: um escabeche de sardinha sensacional. Mas tem tudo que se espera de um bar clássico: carta fechada, pernil e um ótimo parmegiana, além, claro, de cerveja gelada, musiquinha ao vivo e futebol.
Se nunca me ouviram falar do Estação 22, é porque me referia a ele como “meu bar secreto”. É que de terça a quinta a casa pega leve, com uma comida muito bem temperada, servida em porções muito fartas e promoção de chopp imbatível, então gostava de ficar lá, bem à paisana mesmo. Mas a casa bomba de sexta a domingo, com samba ao vivo, feijoada e muitos pratos perfeitos para compartilhar.
E aí? Qual a sua dica imperdível do Guará?