A ex-síndica do Residencial Monte Carlo, em Águas Claras, Daniele Nóbrega, teve seu pedido de habeas corpus negado no último dia 25 de abril e continuará presa preventivamente. Ela está detida desde 16 de abril, acusada de furto qualificado, fraude, abuso de confiança e falsidade ideológica.
O início das suspeitas
A desconfiança sobre a gestão de Daniele começou após uma reunião entre moradores, quando ela propôs uma taxa extra de R$ 40 mil para um suposto serviço na fachada do prédio. A demora na apresentação dos documentos e irregularidades nos extratos financeiros acenderam o alerta no condomínio.
Após uma análise detalhada das contas, os moradores identificaram desvios de mais de R$ 350 mil, incluindo transferências para uma esmalteria em Ceilândia, que teria sido montada com dinheiro do condomínio.
Fraudes e irregularidades
Os documentos analisados pelos condôminos apontam que parte dos gastos foi registrada como “manutenção” ou “outras despesas”, mas, na realidade, envolviam compras para o negócio particular da ex-síndica.
Além dos desvios financeiros, os moradores relatam que o prédio enfrenta problemas estruturais, como extintores vencidos e sistemas de combate a incêndio danificados, indicando abandono na administração do condomínio.
Defesa e próximos passos
A defesa de Daniele Nóbrega nega as acusações e afirma que a prisão é “desnecessária”, alegando que as denúncias são “falaciosas e sem fundamentos jurídicos”. Apesar da negativa do habeas corpus, o mérito do caso ainda será julgado.
O caso serve de alerta para a importância da transparência na gestão condominial e reforça a necessidade de fiscalizações constantes por parte dos moradores.